30 de jun. de 2011

Como são feitas as provas de Concursos Públicos

Como são feitas as provas de Concursos Públicos

Olá pessoal, 

Hoje encontrei no site do G1 uma interessante reportagem sobre como são feitas as provas de concursos públicos. Espero que gostem e comentem.

O G1 consultou dez das principais organizadoras do país sobre os critérios de elaboração das provas, abordando aspectos como escolha dos profissionais e de assuntos.

Sete responderam as questões sobre o assunto: o Núcleo de Computação Eletrônica da Universidade Federal do Rio de Janeiro (NCE/UFRJ), a Fundação Vunesp, a Consulplan Consultoria, a Fundação Conesul de Desenvolvimento, o Instituto Municipal de Ensino Superior de São Caetano do Sul (Imes), a Fundação Cesgranrio e a Empresa de Seleção Pública e Privada (ESPP).

Fundação Carlos Chagas, Centro de Seleção e de Promoção de Eventos da Universidade de Brasília (Cespe/UnB) e Instituto Cetro não atenderam à solicitação da reportagem.

As organizadoras não revelam os profissionais que elaboram as questões. Muitas vezes, nem mesmo os professores sabem para que órgãos estão fazendo a prova.

Os únicos indícios do que pode ser abordado nos exames estão no edital. O resto é cercado de sigilo.

Geralmente, cada profissional/professor fica responsável por uma parte da prova, sem saber quem são os demais professores que estão elaborando as questões das outras disciplinas e assuntos.

Todas as organizadoras consultadas indicam que buscam somente questões inéditas, que não foram usadas em concursos anteriores.

Elaboração das questões

Na maior parte das vezes cada professor fica responsável por um assunto (ou disciplina). Nesse caso, não há troca de informações entre eles – os profissionais nem sabem quais são os outros colegas que estão participando da elaboração do mesmo exame nem têm acesso ao conteúdo completo da prova. As questões são discutidas sempre com a coordenação pedagógica das organizadoras. 

Todas as organizadoras enfatizam que buscam o ineditismo nas questões e não recorrem a provas anteriores para elaborar questões. 

Os órgãos geralmente determinam o conteúdo programático do concurso. Em outros casos, informam apenas o perfil do profissional que querem admitir e o nível de escolaridade exigido, deixando a critério das instituições a escolha dos assuntos.

Há ainda a possibilidade de a escolha ser discutida entre os órgãos contratantes e a coordenadoria das organizadoras. 

Revisão

Todas as questões passam por um revisor, de acordo com as organizadoras.

No caso da Consulplan, existe um primeiro revisor que recebe as provas e as formata nos moldes da empresa. Em seguida, existem professores de português que revisam todas as questões e há ainda a revisão final, com a prova já totalmente impressa. 

A Fundação Conesul diz que as provas são revisadas tanto por professores como pelos clientes.

No caso da Fundação Vunesp, a primeira versão da prova é encaminhada a um revisor, que não conhece o elaborador, nem as respostas esperadas, nem nível de dificuldade estimado, aspectos do programa selecionados para avaliação, entre outros pontos.

Ele resolve a prova como se fosse um candidato, dá a sua classificação para cada questão e aponta defeitos de conteúdo ou de forma que observou em toda a prova. 

O material volta para coordenação, que o confronta com o do elaborador; a coordenação acrescenta suas orientações e solicita ao elaborador que efetue as modificações e dê a versão final. 

O Imes diz que a revisão verifica a língua portuguesa, técnicas de formulação de questões e se o conteúdo está ajustado ao previsto no edital.

Perfil da banca

O número de professores envolvidos na elaboração das provas varia de concurso para concurso, segundo as organizadoras. Mas as instituições informam que há preocupação de envolver um grande número de profissionais para cobrir de forma abrangente os assuntos. 

Muitos professores são funcionários das instituições. Mas quando os concursos abordam assuntos específicos é necessário buscar profissionais de fora. Os especialistas geralmente são professores universitários, muitos deles com títulos de mestrado e doutorado. 

A seleção dos profissionais leva em conta idoneidade, competência pedagógica, domínio dos assuntos abordados nas provas e na metodologia para elaboração das questões, capacidade de manter sigilo e não ter parentesco com candidatos.

Sigilo

As organizadoras têm a preocupação de manter o anonimato dos elaboradores das provas para que eles possam trabalhar com isenção. O sigilo e a discrição são itens presentes inclusive nos contratos de trabalho. 

Além disso, a maioria das organizadoras informou que os professores que elaboram as provas não sabem para que órgão estão fazendo as questões. 

Os profissionais têm acesso apenas ao conteúdo programático e às atribuições do cargo, além do nível de escolaridade. 

As instituições também requisitam um maior número de questões aos professores e depois a coordenação escolhe as que farão parte da prova. Além disso, os elaboradores passam as respostas certas, mas não sabem em quais alternativas elas serão colocadas.

Motivação

 Frases


Peter Marshall - "Enquanto suspiramos por uma vida sem dificuldades, devemos nos lembrar que o carvalho cresce forte através de ventos contrários e que os diamantes são formados sob pressão."

Concurso Banco do Brasil 2011/2– Edital e informações

Concurso Banco do Brasil 2011/2– Edital e informações

Está disponível edital do Concurso público do Banco do Brasil S.A (BB ) com vagas para formação de cadastro de reserva para o nível médio. A remuneração chega a R$ 1.280,10. As vagas são destinadas aos estados do Acre, Amapá, Maranhão, Mato Grosso, Pernambuco, Piauí, Rio Grande do Norte, Rondônia, Roraima e Sergipe.

As etapas iniciais do concurso serão conduzidas pela organizadora Fundação Carlos Chagas em parceria com o Banco do Brasil .

Estão disponíveis os cargos de Escriturário (Nível Médio).

As inscrições devem ser feitas de 11 de janeiro a 07 de fevereiro de 2011 de 2010 no site www.concursosfcc.com.br/concursos/bbras310/index.html. O valor da taxa de inscrição é de R$ 40,00. A inscrição também poderá ser feita em locais indicados no edital.

Provas do Concurso

As provas objetivas serão aplicadas na data provável de 20 de março de 2011 . Elas serão realizadas em Rio Branco, Cruzeiro do Sul, Tarauacá, Macapá, São Luís, Pinheiro, Bacabal, Imperatriz, Balsas, Presidente Dutra, Caxias, Chapadinha, Alta Floresta, Barra do Garças, Cuiabá, Cáceres, Juína, Rondonópolis, São Félix do Araguaia, Sinop, Tangará da Serra Recife, Goiana, Jaboatão dos Guararapes, Vitória de Santo Antão, Santa Cruz do Capibaribe, Caruaru, Garanhuns, Palmares, Serra Talhada, Petrolina, Parnaíba, Teresina, Picos, Floriano, Natal, Mossoró, Porto Velho, Ji-Paraná, Vilhena, Boa Vista, Aracaju, Estância, Nossa Senhora da Glória, Itabaiana, Lagarto, Capela.

Haverá questões de Português , Matemática , Raciocínio Lógico , Informática , Atualidades , Conhecimentos Bancários , entre outras (clique para ver material relacionado/publicidade).

As datas, locais e horários das provas objetivas serão comunicados previamente pela organizadora e é de responsabilidade do candidato estar atento a todas as novas informações sobre o Concurso ‘BB Banco do Brasil S.A’.

Fonte: http://www.resultadoconcursos.net

Concurso para a Prefeitura de Areia Branca

Concurso Prefeitura de Areia Branca


Está disponível edital do Concurso público da Prefeitura de Areia Branca do Estado de Sergipe ( SE) com 93 vagas para os níveis fundamental, médio e superior. A remuneração varia de R$ 540,00 e R$ 2.000,00.

As etapas iniciais do concurso serão conduzidas pela organizadora SEPROD em parceria com a Prefeitura de Areia Branca .

As inscrições devem ser feitas de 28 de junho a 15 de julho de 2011 no site www.seprod.com.br/. O valor da taxa de inscrição varia de R$ 40,00 a R$ 100,00. A inscrição também poderá ser feita em locais indicados no edital.

Provas do Concurso

As provas objetivas serão aplicadas na data provável de 21 de agosto de 2010.

Haverá questões de Português, Matemática, Informática, entre outras (clique para ver material relacionado).

As datas, locais e horários das provas objetivas serão comunicados previamente pela organizadora e é de responsabilidade do candidato estar atento a todas as novas informações sobre o Concurso ‘ Prefeitura de Areia Branca ‘.

Inicie agora mesmo seus estudos: Veja abaixo algumas Apostilas Relacionadas para este concurso ou confira gratuitamente Provas e Gabaritos de concursos similares aqui no Resultado Concursos.

Ao fim da primeira etapa, os gabaritos e resultados das provas do concurso estarão disponíveis através da organizadora ou do site informado acima.

Não se esqueça de retirar suas dúvidas sobre o “ Prefeitura de Areia Branca ” lendo atentamente o edital publicado. O candidato poderá obter demais orientações e informações através da central de atendimento da entidade organizadora SEPROD.

Cargos disponíveis:

- Nível Superior: 

Professor de Educação Básica de Libras;
Inglês; 
Educação Física; 
Matemática e Geografia; 
Médico Veterinário; 
Médico Saúde da Família; 
Psiquiatra;
Enfermeiro Saúde da Família; 
Farmacêutico; 
Nutricionista; 
Psicólogo; 
Assistente Social; 
Engenheiro Civil;
Bibliotecário 
Odontólogo.

- Nível Médio: 

Auxiliar de Consultório Dentário; 
Cuidador Social; 
Educador Social do PETI; 
Orientador Social Projovem; 
Facilitador de Oficina; 
Motorista; Fiscal de Tributos; 
Eletricista 
Assistente Administrativo.

- Nível Fundamental:

Gari; 
Auxiliar de Pedreiro; 
Agente Funerário; 
Encanador; 
Operador de retro escavadeira; 
Operador de trator 
Operador de Patrol.

Fonte: http://www.resultadoconcursos.net

29 de jun. de 2011

Como ler uma lei

Como ler uma lei

 Parte I

 

 

 

  

Parte II

 

Estrutura básica de uma Lei

Estrutura Básica de um Texto Legal


Autor: GABRIEL FERNANDO DE ALMEIDA
Proibida Reprodução Para Fins Comerciais.


As expressões artigos, alíneas, incisos, parágrafos, entre outras, são muito comuns quando estamos estudando ou mesmo ouvindo falar de uma determinada lei, resolução, portaria, etc. Entretanto, apesar de simples, o modo como se estrutura uma lei e o conceito das unidades de divisão e organização do texto legal não são de conhecimento de todos. Fiz, portanto, um breve resumo para que possamos entender melhor como funciona a organização do texto legal e não ficarmos mais perdidos quando ouvirmos frases do tipo: "A norma se encontra na alínea a, do inciso III, do parágrafo quinto, do artigo 7º da lei tal".
Entender estes conceitos é um dos primeiros passos quando se decide estudar leis. Os conceitos abaixo estão descritos de forma bem simplificada, apenas para facilitar o estudo daqueles que estão iniciando. Quem quiser informações mais detalhadas poderá conseguir nas seguintes textos: Lei Complementar 95/98, Lei Complementar 107/2001 e Decreto 4.176/2002, que trazem as normatizações dos textos legais.
1. Artigo: É a unidade básica da lei. Toda lei tem, no mínimo, um artigo, e eles constituem a forma mais prática de se localizar alguma informação dentro da lei, por maior que ela seja.
Quando a lei é muito grande, geralmente ela possui uma grande quantidade de artigos (A CLT, Consolidação das Leis do Trabalho, por exemplo, possui mais de 900 artigos), mas eles nunca se repetem. Os artigos são representados pela abreviatura art. seguidos de numerais ordinais até o 9º; após, segue com números cardinais, exemplo: art. 9º, art. 10. Ao enunciado do artigo dá-se o nome de caput (lê-se cápati).

 
2. Parágrafo: É um desdobramento da norma de um determinado artigo, podendo complementá-la, indicar alguma exceção, etc. é indicado pelo símbolo § e vem seguido de um número ordinal até o 9º; após, segue com números cardinais, da mesma forma que o artigo. Quando o artigo possui apenas um parágrafo, o chamamos de parágrafo único. Todo parágrafo deve estar vinculado a um determinado artigo, ou seja, é incorreto dizer: Me refiro ao parágrafo tal da lei tal... Devemos, portanto, dizer: Me refiro ao parágrafo tal, do artigo tal, da lei tal .....  Pois, lembrando, é o artigo a unidade básica da lei, nunca se repetindo a mesma numeração e o parágrafo, apenas um desdobramento. Ou seja, existe apenas um art. 1º em uma lei, mas podem existir vários § 1º, em vários artigos diferentes.
3. Inciso: É um desdobramento do artigo ou do parágrafo, conforme o caso. São representados por algarismos romanos e são encerrados, geralmente, por ponto-e-vírgula, salvo se for o último inciso do artigo ou parágrafo ou se o inciso se desdobrar em alíneas. É importante não confundir: o inciso não se encontra no mesmo "nível hierárquico" do parágrafo. Um parágrafo pode ser divido em incisos, mas um inciso não pode se dividir em parágrafos. Vejamos o exemplo abaixo, tirado do artigo 5º da Constituição Federal:
"(...)
Art. 5º Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade, nos termos seguintes:
 
(...)

LXXVIII - a todos, no âmbito judicial e administrativo, são assegurados a razoável duração do processo e os meios que garantam a celeridade de sua tramitação.

§ 1º As normas definidoras dos direitos e garantias fundamentais têm aplicação imediata.
 
(...)"

No exemplo acima, temos: o texto que se segue apósArt. 5º é o enunciado do artigo, chamado
de caput. Neste caso, o caput encerrou-se com dois-pontos, indicando que ele será desdobrado, em parágrafos e/ou incisos. Como vemos, ele se desdobrou em 78 incisos, sendo que o último foi transcrito. O parágrafo primeiro é um desdobramento do artigo 5º, e não do inciso LXXVIII. O parágrafo primeiro poderia ser, se fosse o caso, desdobrado em outros incisos, recomeçando a contagem do inciso I. Caso quiséssemos nos referir a ele, diríamos: inciso I, do § 1º, do artigo 5º da Constituição Federal.
 
Obs.: Um artigo pode se desdobrar apenas em parágrafos, apenas em incisos, nos dois ou em nenhum dos dois. Os incisos podem se desdobrar em alíneas e os parágrafos em incisos ou alíneas.
4.  Alíneas: Representam o desdobramento dos incisos ou dos parágrafos. São representadas por letras minúsculas, acompanhadas de parênteses. Um artigo também pode se desdobrar diretamente em alíneas, sem a necessidade de incisos ou parágrafos.
5.   Itens: É o desdobramento da alínea. É representado por algarismos arábicos (ou seja, os algarismos "normais") seguido de ponto final.
Vejamos, então, a estrutura básica:
Lei 2009/2009
Art.1º Aqui virá o caput, que é o enunciado do artigo.
§ 1º Aqui virá o texto do parágrafo único, que é um desdobramento do artigo, que terminará com dois-pontos porque será complementado pelo inciso abaixo:
  
I - aqui virá o texto do inciso I, que será desdobrado na alínea abaixo:
    a) aqui virá o texto da alínea a, que conterá os itens abaixo:
      1 informação do primeiro item;
      2. informação do segundo item.
Portanto, se quisermos, por exemplo, nos referir ao termo que está em negrito, devemos dizer: item 1, da alínea a, do inciso I, do § 1º, do artigo 1º da lei 2009/2009.
Lembrando que essa divisão não é obrigatória, pois o artigo pode ser dividido apenas em incisos, apenas em parágrafos ou apenas em alíneas ou então ter apenas o caput, sem desdobramentos.
Existem também outras formas de divisão do texto legal. Para leis que são muito grandes, ou que possuem um conteúdo muito diversificado, podemos dividi-las em partes, livros, títulos, capítulos, seções e subseções. Teríamos então, a grosso modo, a seguinte "hierarquia":
Lei 2009/2009
PARTE PRIMEIRA LIVRO I
TÍTULO I
CAPÍTULO I
Seção I
Subseção I
 
 Art. 1º

Caput:
§ 1º (...)
Neste exemplo, caso queiramos nos referir ao conteúdo sublinhado, não precisamos dizer: § 1º, do art. 1º, da subseção I, da seção I, do capítulo I, do título I, do livro I, da primeira parte da lei 2009/2009. Basta dizermos § 1º do art. 1º da lei 2009/2009, pois, lembrando, o artigo constitui a unidade básica da lei e a sua numeração é sempre contínua, não existindo dois artigos primeiros em qualquer lei. Portanto, quando mudar para a "Subseção II", por exemplo, a numeração dos artigos continuará de onde parou na "Subseção I".
Espero tê-los auxiliado e tornado um pouco mais fácil o entendimento das estruturas dos textos de lei.
Um grande abraço e bons estudos!

Fonte: http://www.fontedosaber.com/

26 de jun. de 2011

Introdução ao raciocínio lógico

O que você deve saber sobre raciocínio lógico



A esmagadora maioria das questões de raciocínio lógico exigidas em concursos públicos necessita, de uma forma ou de outra, de conhecimentos básicos de matemática.

Este o motivo para que você faça paralelamente à matéria de raciocínio lógico propriamente dito uma revisão dos principais tópicos da matemática de nível secundário.

Aqueles alunos que cursaram exatas talvez considerem a parte da revisão matemática meio redundante, porém, aconselhamos só dispensar esta revisão quem continua usando a matemática como ferramenta de trabalho no seu dia a dia. Um pequeno lapso de memória, muito comum quando não se vê a matéria por algum tempo, na hora da prova, pode significar pontos Preciosos.

Concomitantemente com a revisão acima mencionada, você deve estudar, todas as grandes famílias de problemas consideradas de raciocínio lógico, e a maneira mais rápida de resolvê-los.

Muitas questões podem ser resolvidas pela simples intuição. Porém, sem o devido treinamento, mesmo os melhores alunos terão dificuldade em resolvê-las no exíguo tempo disponível nos concursos.

Grande parte dos problemas de Raciocínio Lógico na seção PROVAS RESOLVIDAS, como não poderia deixar de ser, serão do tipo 'charada' ou 'quebra-cabeças'. 

Já mencionamos que iremos indicar o método a ser adotado para se chegar à solução da maneira mais rápida possível. Porém, como cada problema pode ser abordado de inúmeras maneiras, fica o aluno livre para seguir seu próprio raciocínio

Pedimos, inclusive, que sempre que você julgar ter encontrado um caminho mais simples ou mais lógico que o nosso, que nos comunique para, assim, podermos ir aprimorando gradativamente nossa didática. Será de inestimável ajuda.

Onde for necessário daremos o devido embasamento teórico. 

Alguns problemas que caem nos concursos exigem muita criatividade, malícia e sorte, e, a não ser que o candidato já tenha visto coisa similar, não podem ser resolvidos nos três a cinco minutos disponíveis para cada questão.

Muitos candidatos, mesmo devidamente treinados não terão condições de resolvê-los. Nosso conselho é que não devem se preocupar muito. Esses problemas irrespondíveis no tempo hábil não passam de 20% das questões de Raciocínio Lógico exigidas nos concursos públicos. 

Uma base sólida de matemática  será suficiente para resolver pelo menos 50 % dos problemas. Os outros 30 % podem ser resolvidos pela aplicação direta dos métodos de raciocínio lógico que iremos ensinar ao longo das questões.

Como não é preciso tirar nota 10 para passar num concurso público, acreditamos que este site vai atender satisfatoriamente a maioria dos candidatos.

Os exercícios que aparecem em, por serem muito similares aos dos concursos que você irá enfrentar em breve, servem tanto para treino como para acompanhamento dos seu desempenho. É com base nas respostas a estas questões que você poderá avaliar seus conhecimentos.



1.1.1 Os números naturais

Os números 1,2,3,4,5,6,.... chamam-se números naturais, visto surgirem naturalmente no processo de contagem.

Sua representação gráfica é uma reta, onde os mesmos estão dispostos em ordem crescente:

1, 2, 3 ,4, 5, 6, 7, 8, 9, 10, 11, 12

Para somar dois dêsses números, digamos 5 e 7, começamos pelo 5 (ou pelo 7) e contamos para a direita sete (ou cinco) números para alcançar 12. 

Uma vez que não existe número natural maior que todos os outros, a soma de dois números naturais é sempre um número natural, isto é, a adição é sempre possível.

Para subtrair 5 de 7, começamos pelo 7 e contamos para a esquerda cinco números até o 2. A operação de subtração não pode ser executada todas as vêzes. 

Por exemplo, 7 não pode ser subtraído de 5, visto como há somente quatro números à esquerda de 5.

Para que a subtração seja sempre possível, é necessário criar novos números para colocar à esquerda dos números naturais.

O primeiro deles, 0, chama-se zero e os demais, -1, -2, -3, -4, -5, ...... chamam-se inteiros negativos. Os novos números tomados em conjunto com os números naturais (agora denominados inteiros positivos e escritos aqui, como +1, +2, +3, +4, +5 ......) formam um conjunto que não tem princípio nem fim

...-5, -4, -3, -2, -1, 0, +1, +2, +3, +4, +5 ...

As operações de adição e subtração (isto é, a contagem para a direita ou para a esquerda) são possíveis, sem exceção.

Por uma questão de comodidade, nos números positivos o sinal + é habitualmente suprimido.

1.1.3 Adição e Subtração 

Para adicionar dois inteiros como +7 e -5, começamos por +7 e contamos para a esquerda (lado indicado pelo sinal de -5) cinco números até +2 ou começamos por -5 e contamos para a direita (lado indicado pelo sinal de +7) sete números até +2.

Como você somaria -5 e -7 ?

Para subtrair +7 de -5, começamos por -5 e contamos para a esquerda (lado oposto à direção indicada pelo sinal de +7) sete números até -12.

Para subtrair -5 de +7, começamos por +7 e contamos para a direita (lado oposto à direção indicada pelo sinal de -5) cinco números até +12.

Como você subtrairia +7 de +5 ?

E -5 de -7 e também -7 de -5 ?

Para calcular de maneira fácil com números positivos e negativos, é necessário evitar o processo de contagem.

Para isso, observamos que cada um dos números de +7 e -7 está a sete passos a partir de 0.

Indicamos êste fato dizendo que o valor absoluto de cada um dos números +7 e -7 é 7. Mais precisamente, o valor absoluto:

de 0 é 0

de a ¹ 0 a se a é positivo

-a se a é negativo

Então, depois de decorar cartas tábuas de adição e de multiplicação, usamos as seguintes regras:

Regra 1: Adição

Para somar dois números que têm o mesmo sinal, somam-se seus valores absolutos e dá-se à soma o sinal comum.

Por exemplo, 

+7 + (+5) = + (7 + 5) = + 12

- 6 + (- 9) = - (6 + 9) = - 15

Regra 2: Adição

Para somar dois números que têm sinais diferentes, subtrai-se o menor valor absoluto do maior e dá-se à diferença o sinal do número que tem o maior valor absoluto.

Por exemplo,

+13 + (-5) = + (13 - 5) = +8

+ 4 + (-18) = - (18 - 4) = -14

Regra 3: Subtração

Para subtrair um número, troque seu sinal e some.

Por exemplo,

14 - (- 6) = 14 + 6 = 20

- 8 - (- 9) = - 8 + 9 = 1

- 8 - (+ 7) = - 8 + (- 7) = - 15 

1.1.4. Multiplicação e divisão

Visto como 

3 . 2 = 2 + 2 + 2 = 6 ou

3 . 2 = 3 + 3 = 6

admitimos que

(+3) . (+2) = + 6

(+3) . (- 2) = - 6

(- 3) . (+2) = - 6

Resta considerar o produto de dois números negativos, digamos (- 3) . (- 2)

Uma vez que - 3 = - (+ 3), temos

(-3) . (-2) = - (+3) . (-2) = - (-6) = +6

Assim podemos estabelecer a quarta regra:

Regra 4: Multiplicação e Divisão

Para multiplicar dois números ou para dividir um número por outro, multiplique ou divida os valôres absolutos e anteponha um sinal + se os dois números tiverem o mesmo sinal e um sinal - se os dois números tiverem sinais diferentes.

Se bem que as regras acima tenham sido ilustradas para inteiros positivos e negativos, deve admitir-se que prevaleçam tanto para as frações ordinárias como para os números irracionais, que serão introduzidos mais tarde.

1.1.5. Divisão Euclidiana

 Façamos mais algumas considerações sobre a divisão, começando logo por uma das regras mais importantes de toda a matemática,.

Regra fundamental da divisão:

NUNCA DIVIDIRÁS POR ZERO.

Dados dois números naturais a e b, sendo b ¹ 0, representamos a divisão de a por b assim

a
b
r
q

onde: 

a ® dividendo

b ® divisor

q ® quociente (natural)

r ® resto (natural), r < b

Esta é a representação pelo método da chave ou divisão euclidiana. Podemos, ainda, representá-la pelo método de Descartes, ou seja:

a = b . q + r

Se r = 0 dizemos que a divisão é exata ou que a é divisível por b ou, ainda, que b divide a. Neste caso, a é múltiplo de b, e b é um divisor de a.

Por exemplo: 143 é divisível por 13, pois 

143 = 13 . 11 + 0

Logo, 143 é um múltiplo de 13 e 13 é um divisor de 143.

1.1.6. Números primos

Quando um número natural superior a 1 tem por divisores naturais apenas o 1 e ele próprio (portanto, somente dois divisores), dizemos que esse número é primo.

Assim, são números primos:

2, 3, 5, 7, 11, 13, 17, 19, 23, 29, 31, 37, 41, 47, 53, ......

1.1.7. Números compostos

Se o número natural superior a 1 possuir mais que 2 divisores distintos, então ele é chamado número composto. Por exemplo:

4, 6, 8, 9, 10, 12, 14, 15, 16, .....

1.1.8. Números pares e ímpares

O conjunto dos números naturais pode ser separado em duas partes: uma dos múltiplos de 2, os números pares, e outra dos não múltiplos de 2, os números ímpares. Assim:

P = {0, 2, 4, 6, .... } e

I = {1, 3, 5, 7, .....}

1.1.9. Note que:

- os números 0 e 1 não são primos nem compostos

- o 2 é o único número natural que é primo e par

- existem infinitos números primos positivos

- todo número par pode ser escrito na forma 2k, k Î N.

- todo númeo ímpar pode ser escrito na forma 2k + 1, k Î N.

1.1.10. Crive de Eratóstenes

Para se verificar se um dado número é ou não primo podemos utilizar os critérios de divisibilidade conhecidos como o Crivo (peneira) de Eratóstenes:

Critérios de divisibilidade:

são divisíveis por 2  todos os números pares 

Os números cuja soma dos algarismos é um múltiplo de 3 são divisíveis por 3 

Os números cuja dezena final é um múltiplo de 5 ou termina em 00 são divisíveis por 5 

Todos os números cujo algarismo da unidade é 0 ou 5 são divisíveis por 5

Os números cujo algarismo da unidade é 0 (zero) são divisíveis por 10

Todos os números divisíveis por dois outros, são tmbém divisíveis pelo produto desses números. Ex: 36 é divisível por 2, por 3 e também por 6=2x3. 

1.1.11. Teoria Fundamental da Arimética

Todo número natural superior a 1 pode ser decomposto em uma multiplicação, onde um dos fatores é 1 e os demais são números primos.

Assim, qualquer número natural n pode ser escrito como segue: 

n = 2a . 3b . 5g . 7q..... onde a, b, g, q Î N

Então o número de divisores naturais (positivos) de n é dado por:

D+ (n) = (a+1) . (b+1) . (g+1) . (q+1) ...

1.1.12. Múltiplos e divisores comuns

Consideremos dois naturais a e b não nulos, os conjuntos M(a) e M(b) de seus múltiplos naturais e D(a) e D(b) de seus divisores naturais.

Assim, definimos mínimo múltiplo comum (mmc) entre a e b ao menor elemento comum não nulo entre M(a) e M(b) e máximo divisor comum (mdc) entre a e b ao maior elemento comum entre D(a) e D(b). Dois números naturais quaisquer são ditos primos entre si se, e somente se, o seu mdc for 1.

- TEOREMA 

Sendo a e b naturais, não nulos, temos que o produto de seus respectivos máximos divisores comuns e mínimos múltiplos comuns é igual ao produto de a e b:

MDC (a,b) . MMC (a,b) = a.b

1.1.12. Fraçoes ordinárias

Nos exercícios resolvidos até agora, todos os quocientes eram inteiros. Isso era necessário porque, no conjunto dos números inteiros, não há símbolo para representar, digamos, o resultado da divisão 3 por 4.

Se a divisão por qualquer inteiro diferente de zero deve ser possível, sem exceção, é necessário inventar símbolos adicionais (números).

Êsses símbolos, chamados frações ordinárias, são construídos indicando-se (por meio do sinal ¾ ou / ) as operações a serem realizadas; 

Por exemplo,

1 : 2 = 1/2

3 : 4 = 3/4

2 : 3 = - 2/3 ....
 
Sejam a e b dois inteiros positivos diferentes quaisquer. Se na escala (a), o inteiro a ficar à esquerda do inteiro b, dizemos que a é menor do que b e escreveremos a < b.

Se, entretanto, a ficar à direita de b, dizemos que a é maior do que b e escrevemos a > b.

Se a < b, a fração (ordinária) a/b chama-se própria; caso contrário, imprópria. As frações próprias a/b são:



1/2





1/3

2/3



1/4

2/4

3/4

1/5

2/5

3/5

4/5

Sejam c/d e e/f duas frações quaisquer do conjunto acima. O problema que surge é: como podemos dizer se 

c/d = e/f

c/d < e/f ou

c/d > e/f ?

Isso nos leva à regra mais útil para calcular com frações:

Frações Ordinárias - Regra 1

O valor de uma fração não se altera quando o numerador e o denominador forem multiplicados ou divididos por um mesmo número diferente de zero.

Por exemplo:

1/3 = 2/6 = 4/12 e

8/20 = 4/10 = 2/5

Pelo emprego da regra 1, duas ou mais frações quaisquer podem ser reduzidas ao mesmo denominador; por exemplo,

1/3, 2/5 e 3/10 podem escrever-se

10/30, 12/30 e 9/30 ou

20/60, 24/60 e 18/60 etc

Então, 3/10 < 1/3 < 2/5, visto como

9/30 < 10/30 < 12/30.

Ao somar e subtrair frações, é necessário reduzir as diversas frações ao mesmo denominador. 

Dos muitos denominadores que se podem usar, há sempre um menor de todos, chamado o menor denominador comum.

No exemplo acima, 30 é o menor denominador comum.

Frações Ordinárias - Regra 2

A soma (diferença) de duas frações reduzidas ao mesmo denominador é uma fração cujo denominador é o denominador comum e cujo numerador é a soma (diferença) dos numeradores. 

Por exemplo:

3/5 + 1/4 = 12/20 + 5/20 = (12+5) / 20 =  17/20e

2/3 + 3/2 - 5/4 = 8/12 + 18/12 - 15/12 =  (8 + 18 - 15) / 12 =   11/12

Frações Ordinárias - Regra 3

O produto de duas ou mais frações é uma fração cujo numerador é o produto dos numeradores e cujo denominador é o produto dos denominadores das várias frações. 

Por exemplo:

2/3 . 5/4 . 9/10 = 2.5.9 / 3.4.10 = 3/4

Frações Ordinárias - Regra 4

O quociente de duas frações pode ser avaliado pelo emprêgo da regra 1 com o menor denominador comum das frações como multiplicador. 

Por exemplo:

22
:
12
=
35.22
:
35.12
=
5 . 22
=
5 . 11
= 55
7

5

7

5

7 . 12

7.6
42




Observe a expressão: S = 5  p + 7
                         4
TABELA
P

S
20
--->
32
24
--->
37
28
--->
42
32
--->
47

S e p são variáveis porque podem assumir vários valores, conforme a tabela ao lado. S assume valores em função dos valores atribuídos a p, e os quatro pares da tabela são apenas alguns dos infinitos valores possíveis.

- Êpa !!! Variável não é x ???

- Não necessariamente... Na Matemática usamos diversas letras para representar as variáveis, tais como x, y, z, bem como as gregas a, b, g, d. Quem manda é o freguês.

Os números 5/4 e 7 são chamados coeficientes da expressão.

Agora vamos fixar um valor para S, por exemplo 47. Então a expressão fica:
47 = 5 p + 7
     4

e não podemos mais chamar p de variável, pelo simples fato de que ele não varia, pois se S = 47 então p vale 32. Nestas condições chamamos p de incógnita.

2.1.1. Definições iniciais

Observe a expressão: E = m . c2 . Nessa expressão, c é uma constante que indica a velocidade da luz, que é de 3 . 108 metros por segundo. A letra m é uma variável que representa a massa de um corpo (em kilogramas) e E é uma variável que representa a energia armazenada neste corpo (medida em joules).

2.1.2. Oque são expressões algébricas ?

Anteriormente já misturamos números e letras através das operações de soma, subtração (como soma do simétrico ou oposto), multiplicação, divisão (como multiplicação pelo inverso ou recíproco), potenciação e radiciação. As expressões que apresentam uma ou mais letras e números (variáveis, incógnitas, etc.), envolvendo as operações elencadas acima, são estudadas numa parte da Matemática chamada Álgebra, e por isso são chamadas expressões algébricas.

Por exemplo:

3x5y2
monômio
xy2 + x3y
monômio
x2y - 5xy2 + 6y3
trinômio
x4 + 4x3y + 6x2y2 + 4xy3 + y4
polinômio

2.1.3. Em resumo

1. Monômios são expressões onde não aparecem operações de soma algébrica
2. Soma algébrica refere-se tanto à adição como à subtração
3. Termos semelhantes são aqueles que têm a mesma parte literal.
4. Binômio: soma algébrica de 2 monômios
5.Trinômio: soma algébrica de 3 monômios
6. Polinômios: soma algébrica de 4 ou mais monômios.
7. Podemos chamar monômios, binômios e trinômios indistintamente de polinômios.


2.2.1. Soma algébrica de monômios

Somar monômios é apenas reduzir seus termos semelhantes. Exemplo:

5x2 - 3x2 + 3xy - 10xy - 5x3y + 6x3y =
= (5 - 3)x2 + (3 - 10)xy + (-5 + 6)x3y =
= 2x2 - 7xy + x3y

2.2.2. Multiplicação e divisão de monômios

Exemplos: 

x2 . (3x3) . (2y) . y4
= 6x5y5
coeficientes 3. 2
= 6
x x2 . x3
= x5
y y . y
= y5

(12x4y3) : (-6x3y2)
=  -2xy
coeficientes )
12 : (-6 = -2
x
x4 : x3 = x1 = x
y
y3 : y2= y1 = y

2.2.3 Multiplicação e divisão de monômio

O produto de polinômios se baseia na propriedade distributiva da multiplicação. Assim, dados dois polinômios

P1[x] = x2 - x + 1 e 

P2[x] = -x3 + x - 2 

1. Desenvolvemos os produtos parciais utilizando a propriedade distributiva da multiplicação: 

P1[x] . P2[x] equivale a multiplicar o polinômio P1[x] por cada um dos termos do polinômio P2[x] 

P1[x] . P2[x] = P1[x] . (-x3 +x - 2) =
= P1[x] (-x3) + P1[x] (x) + P1[x] (-2) =
= (x2-x+1)(-x3)+(x2-x+1)(x)+(x 2-x+1)(-2)
= (-x5 +x4 -x3)+(x3 -x2 +x)+(-2x2 +2x -2)
 
2. Reduzimos a termos semelhantes e ordenamos segundo as potências decrescentes de uma das variáveis (no caso só temos x): 

(-x5 +x4 -x3)+(x3 -x2 +x)+(-2x2 +2x -2) =
= -x5 + x4 - 3x2 + 3x - 2

2.2.4 Multiplicação e divisão de monômios 

Este processo é muito parecido com o Método das Chaves, utilizado na Divisão Euclidiana, visto em Conjuntos Numéricos. Vamos recordá-lo:

Exemplo:

Encontrar o quociente e o resto da divisão de 35 por 17

35
17
34
2

1

O número 35 chama-se Dividendo e o número 17 chama-se Divisor. 

Quantas vezes o 17 cabe no 35?

O número 2 chama-se quociente.

De 35 subtraímos 17 . 2 = 34 e obtemos o número 1, que se chama Resto.

Dividendo = Divisor . Quociente + Resto

Resto < Divisor

Utilizando o mesmo algoritmo (sistema de cálculo) vamos dividir dois polinômios onde:

dividendo D[x] = x4 - 4x2 - x + 3 

divisor d [x] = x - 2

Para zerar o primeiro termo temos que multiplicar o divisor por x3(que será, portanto, o primeiro termo do quociente) e efetuar a subtração

Continuando com a divisão, vamos baixar os demais itens do dividendo: 

Vamos achar o termo seguinte do quociente que faça zerar o primeiro termo (2x3) do dividendo e assim sucessivamente até o fim da divisão



2.3.1 O que é Fatoração

Fatorar uma expressão algébrica é escrevê-la como uma multiplicação: quando todos ou alguns termos de uma expressão algébrica têm um fator comum, podemos colocá-lo em evidência. A forma fatorada é o produto do fator comum pela expressão obtida dividindo-se a expressão inicial pelo fator comum.

2.3.2 Por que fatorar ?

Sempre podemos relacionar as expressões algébricas com o que vimos em Conjuntos Numéricos. Por que fatorávamos os números? Para simplificá-los, encontrar o MDC e o MMC, etc. Será de grande valia aqui, bem como na resolução de equações.

2.3.3 Formas de fatoração

- Fator Comum

Se existir um fator comum a todos os termos de uma expressão algébrica, este deve ser colocado em evidência

- Agrupamento

Se não existir um fator comum a todos os termos de uma expressão algébrica, então:
- Formamos 'grupos' que tenham um fator comum, isto é 'agrupamos' os termos.
- Em cada grupo colocamos esses fatores comuns em evidência.
- Se os fatores comuns a cada grupo forem iguais entre si, então serão colocados em evidência multiplicando a expressão toda.

- Utilizando produtos notáveis

A palavra produto refere-se ao resultado de uma multiplicação. Alguns produtos são chamados notáveis porque aparecem inúmeras vezes nas simplificações de expressões e equações. São importantes ferramentas de trabalho que aparecerão no decorrer de todo o estudo da Matemática.


2.4.1 Quadrado da soma

Se pensarmos em números, uma soma elevada ao quadrado não oferece maiores dificuldades. Seja por exemplo a soma 

(2 + 3)2 = 52 = 25

Mas, se ao invés de números tivéssemos letras, teríamos que pensar

(a + b)2 =
= (a + b) . (a + b) =
= a2 + ab + ba + b2 =
= a2 + 2ab + b2 

'O quadrado de uma soma é igual ao quadrado do primeiro, mais duzs vezes o primeiro pelo segundo, mais o quadrado do segundo'

Quadrado da soma: 

(a + b)2 = a2 + 2ab + b2 

Usando o exemplo numérico acima, note que:

(2 + 3)2 =
= 22 + 2.2.3 + 32 =
= 4 + 12 + 9 =
= 25

Note ainda que (a + b)2 =/= a2 + b2 
22 + 32 = 4 + 9 = 13

2.4.2 Quadrado da diferença

(a - b)2 =
= (a - b) . (a - b) =
= a2 - 2ab + b2

'O quadrado de uma diferença é igual ao quadrado do primeiro, menos duas vezes o primeiro pelo segundo mais o quadrado do segundo.'

Quadrado da diferença: 

(a - b)2 = a2 - 2ab + b2

Visualizando: (a-b)2 seria igual a a2 menos os retângulos ab + ba se nesta operação, b2 não tivesse sido subtraído duas vezes, razão pela qual deve ser somado uma vez a a2

 2.4.2 Produto de conjugados

O produto de um binômio do tipo (a + b) pelo seu conjugado (a - b) é sempre igual ao quadrado do primeiro menos o quadrado do segundo

Produto de conjugados:
(a + b) . (a - b) = a2 - b2

 2.4.3 Cubo da soma

= (a + b) . (a2 + 2ab + b2) =
= a3 + 3a2b + 3ab2 + b3 

O cubo da soma de um binômio é igual a:

o cubo do 1°

+ 3 vezes o quadrado do 1° pelo 2°
+ 3 vezes o 1° pelo quadrado do 2°

+ o cubo do 2°

Cubo da soma: 

(a + b)3 = a3 + 3a2b + 3ab2 + b3

 2.4.4 Cubo da diferença

(a -b)3 = (a - b) . (a - b)2
= (a - b) . (a2 - 2ab + b2) =
= a3 - 3a2b + 3ab2 - b3

O cubo da diferença de um binômio é igual a:

o cubo do 1°

- 3 vezes o quadrado do 1° pelo 2°

+ 3 vezes o 1° pelo quadrado do 2°

- o cubo do 2°

Cubo da diferença: 

(a - b)3 = a3 - 3a2b + 3ab2 - b3

2.4.5. Cubo da diferença

(a -b)3 = (a - b) . (a - b)2

= (a - b) . (a2 - 2ab + b2) =

= a3 - 3a2b + 3ab2 - b3

O cubo da diferença de um binômio é igual a:

o cubo do 1°

- 3 vezes o quadrado do 1° pelo 2°

+ 3 vezes o 1° pelo quadrado do 2°

- o cubo do 2°

Cubo da diferença: 

(a - b)3 = a3 - 3a2b + 3ab2 - b3

2.4.6. Soma de cubos 

a3 + b3 = (a + b)3 - 3ab(a + b) 

Do ítem 2.4.4. Cubo da soma temos que 

(a + b)3 = a3 + 3a2b + 3ab2 + b3 

invertendo: 

a3 + 3a2b + 3ab2 + b3 = (a + b)3 

a3 + b3 = (a + b)3 - 3a2b - 3ab2 o que nos leva à equação acima. 

a3 + b3 = (a + b) (a + b)2 - 3ab(a + b) 

= (a + b) (a2 + 2ab +b2 - 3ab) 

= (a + b) (a2 - ab +b2)

2.4.7. Diferença de cubos 

a3 - b3 = (a - b)3 + 3ab(a - b) 

= (a - b) (a2 - 2ab +b2 + 3ab) 

= (a - b) (a2 + ab +b2)

2.4.8. Quadrado do trinômio 

(a+b+c)2 = [(a + b) + c]2 

= a2 + 2ab +b2 + 2ac + 2bc +c2 

= a2 + b2 + c2 + 2(ab + ac + bc)


Não iremos expor toda a Teoria dos Conjuntos, pois não é esta a proposta deste curso, nem há necessidade de nos aprofundarmos tanto

Neste capítulo relembraremos apenas alguns tópicos, para nos familiarizarmos com a linguagem e a simbologia.

Apresentaremos alguns exercícios resolvidos que servirão de embasamento para a teoria. Antes de olhar a solução tente resolvê-los. Será uma ótima forma de relembrar este assunto.


3.1.1. Relações de pertinência: 

Î e Ï (relacionam elemento com conjunto)

3.1.2. Relações de inclusão: 

Ë, Ì, Í (relacionam um conjunto com outro conjunto)

3.1.3. Subconjunto: 

diz-se que A é subconjunto de B se todo elemento de A é também elemento de B.

3.1.4. Conjunto potência ou conjunto das partes de um conjunto: 

chama-se conjunto potência (representado por 2A) ou conjunto das partes de um conjunto A, denotado por P(A), o conjunto cujos elementos são todos as partes de A, isto é: P(A) = {x / x Ì A}.

3.1.5. Operações com conjuntos: 

dados os conjuntos A, B e o conjunto-universo S, tais que A Ì S e B Ì S, denomina-se:

- União (È) : 

A È B = {x / x ÎA ou x ÎB}

- Interseção (Ç) : 

A Ç B = {x / x ÎA e x ÎB}

- Diferença ( - ) :

A - B = {x / x ÎA e x ÏB}

- Complementar ( CsA ou A'):

CsA = {x ÎS / x ÏA}

Nota: dados dois conjuntos A e B, tais que A Ì B, tem-se: CBA = B - A = {x / x Î B e x Ï A}. 

Se A Ë B não tem sentido CBA.

3.1.6. Produto Cartesiano:

Dados dois conjuntos A e B, chama-se produto cartesiano de A por B ao conjunto de todos os pares ordenados (x,y) tais que x ÎA e y ÎB.

Simbolicamente escreve-se:

A . B = {(x,y) / x ÎA e y ÎB}

3.2. Exercício resolvido (Não disponível)


A solução é dada na sequencia. Tente resolvê-los antes de olhar as respostas.

3.3.1. Exercício 1

Construa um diagrama representativo de três conjuntos A, B e C contidos no conjunto-universo S, tais que:

A Ë B,
B Ë A,
C Ì A e
C Ì B

3.3.2. Exercício 2

Considere o conjunto A = {0, 1, 2, 3, 4, 5, 6, 7, 8, 9}e determine:
a) o número de subconjuntos de A
b) o número de subconjuntos de A que possuem dois elementos
c) o número de subconjuntos de A que possuem sete elementos
d) o número de subconjuntos de A que possuem nove elementos

3.3.3. Exercício 3

Dos 500 músicos de uma Filarmônica, 240 tocam instrumentos de sopro, 160 tocam instrumentos de corda e 60 tocam esses dois tipos de instrumentos. Quantos músicos desta Filarmônica tocam:

a) instrumentos de sopro ou de corda ?
b) somente um dos dois tipos de instrumento ?
c) instrumentos diferentes dos dois citados ?

3.3.4. Exercício 4

Numa pesquisa feita com pessoas que foram aprovadas em três concursos A, B, e C, obteve-se os resultados tabelados a seguir:

Concursos
N. de aprovados
A
150
B
140
C
100


A e B
45
A e C
30
B e C
35


A, B e C
10

Pergunta-se:

a) quantas pessoas fizeram os três concursos?
b) quantos candidatos foram aprovados em somente um dos três concursos?
c) quantos candidatos foram aprovados em pelo menos dois concursos?
d) quantos candidatos foram aprovados nos concursos A e B e não no C?


3.4.1 Exercício 1

 A Ë B, B Ë A, C Ì A, C Ì B, A Ì S, B Ì S e C Ì S

3.4.2. Exercício 2

A = {0, 1, 2, 3, 4, 5, 6, 7, 8, 9}
a) o número de subconjuntos de A
P(A) = 2n = 210 = 1.024

b) o número de subconjuntos de A que possuem dois elementos
P(A) com 2 elementos = C10,2
C10,2= 10! / (10-2)! . 2!
C10,2 = 10 . 9 / 2 = 90 / 2 = 45

c) o número de subconjuntos de A que
possuem sete elementos
P(A) com 7 elementos = C10,7
C10,7 = 10! / (10 - 7)! . 7! = 10! / 3! . 7!
C10,7 = 10 . 9 . 8 / 3 . 2 = 720 / 6 = 120

d) o número de subconjuntos de A que possuem nove elementos
P(A) com 9 elementos = C10,9
C10,9 = 10! / (10-9)! . 1! = 10! / 9! = 10

Quem não se lembra de análise combinatória terá dificuldade em entender o acima exposto.

Porém, alertamos que num curso como este, estes assincronismos serão frequentes.

Se fossemos entrar em Raciocínio Lógico somente depois de feita toda a revisão de matemática do 2. grau o curso ficaria muito maçante para a grande maioria. 

Não devemos esquecer que este curso se destina a pessoas com curso superior e que por conseguinte têm obrigação de saber de antemão toda a matemática de 2. grau.

Sugerimos, para quem não consegue acompanhar alguns tópicos da matéria, que aguarde a aula em que será dada a revisão matemática respectiva para então voltar ao assunto. 

Por outro lado, é bom que o candidato vá se acostumando a enfrentar problemas para os quais não está preparado. 

Num concurso de seleção sempre haverá um problema ou outro que, devido à vastidão da matéria, não foi abordado em aula.

3.4.3. Exercício 3

Solução: Seja C o conjunto dos músicos que tocam instrumentos de corda e S dos que tocam instrumentos de sopro. Chamemos de F o conjunto dos músicos da Filarmônica.

DICA: Ao resolver este tipo de problema faça o diagrama, assim você poderá visualizar o problema e sempre comece a preencher os dados de dentro para fora.

Passo 1
60 tocam os dois instumentos, portanto, após fazermos o diagrama, este número vai no meio

Passo 2
a)160 tocam instrumentos de corda. Já temos 60. Os que só tocam corda são, portanto 160 - 60 = 100
b) 240 tocam instrumento de sopro.
240 - 60 = 180

Voltando ao diagrama, preenchemos os dados obtidos acima:

Com o diagrama completamente preenchido, fica fácil achara as respostas: Quantos músicos desta Filarmônica tocam:

a) instrumentos de sopro ou de corda ?
Pelos dados do problema:
100 + 60 + 180 = 340
b) somente um dos dois tipos de instrumento ?
100 + 180 = 280
c) instrumentos diferentes dos dois citados ?
500 - 340 = 160

Nota: Para quem está familiarizado com a Teoria dos Conjuntos, a solução poderia também ser obtida através da fórmula:
a) n (S È C) = n (S) + n (C) - n (S Ç C)
= 240 + 160 - 60 = 340
b) [n (S) - n (S Ç C)] + [n (C) - n (C Ç S)] =
[ 240 - 60] + [ 160 - 60 ] = 180 + 100 = 280
c) n (F) - n (S È C) = 500 - 340 = 160 

3.4.4 Exercício 4

Numa pesquisa feita com pessoas que foram aprovadas em três concursos A, B, e C, obteve-se os resultados tabelados a seguir:

Concursos
N. de aprovados
 A
150
B
140
C
100


A e B
45
A e C
30
B e C
35


A, B e C
10

Solução: 

Nota: só vamos ensinar o método visual, através do diagrama. Todavia, nada impede que o proble-ma seja resolvido pelas fórmulas correspondentes

Passo 1: 

Fazer o diagrama e começar a preenchê-lo de dentro para fora com os dados disponíves: A, B e C = 10

Passo 2: 

Se 10 pessoas já foram aprovadas em A, B e C, quantas restaram só em AeB, AeC e BeC:
A e B = 45 - 10 = 35
A e C = 30 - 10 = 20
B e C = 35 - 10 = 25

Passo 3: 

Agora, só falta calcular quantos foram aprovados em um único concurso, para podermos terminar de preencher o diagrama.

A = 150 - ( 35 + 20 + 10 ) = 85
B = 140 - ( 35 + 10 + 25 ) = 70
C = 100 - ( 20 + 10 + 25 ) = 45

Após preencher corretamente o diagrama, qualquer pergunta pode ser facilmente respondida. Basta retirar do diagrama os dados correspondentes :

a) quantas pessoas fizeram os três concursos?
Todas. Somando os dados do diagrama obtemos:
85+35+70+20+10+25+45 = 290

b) quantos candidatos foram aprovados em somente um dos três concursos?
85 + 70 + 45 = 200

c) quantos candidatos foram aprovados em pelo menos dois concursos?
Cuidado: 'pelo menos dois' não exclui 'em todos os três'. Temos que somar, portanto, todo o miolo:
35 + 20 + 10 + 25 = 90

d) quantos candidatos foram aprovados nos concursos A e B e não no C?
Esta resposta é um dado direto do diagrama:
= 35


Neste capítulo apresentaremos várias sucessões de palavras escritas obedecendo a uma ordem lógica. Evidentemente a lógica aplicada a uma sucessão poderá ser diferente da utilizada em outra.

A lógica na escrita, às vezes, pode parecer até absurda, mas nossa intenção é mostrar problemas onde se empregam os mais diversos raciocínios possíveis. 

Assim, se no concurso aparecer um problema sem sentido aparente, você estará treinado para uma lógica que muitas vezes não é nada matemática.


4.1.1. Exercício 1

Uma propriedade lógica define a sucessão: SEGURO, TERRA, QUALIDA-DE, QUILATE, SEXTANTE, SABIO, .....

Escolha a alternativa que preenche corretamente a lacuna: 

a. JADE
b. CHINÊS
c. TRIVIAL
d. DOMÍNIO
e. ESCRITURA

4.1.2. Exercício 2

A sucessão seguinte de palavras obedece a uma ordem lógica:

VIL, RUIM, FEIO, BOIOU, X.

Escolha a alternativa que substitui X corretamente:

a. MALVADO
b. CAPIXABA
c. SOTEROPOLITANO
d. BONITO
e. PIAUIENSE

4.1.3. Exercício 3

Atente para os vocábulos que formam a sucessão lógica:
HOMERO, DEPOIS, TEATRO, DEVEIS, COITO, ..............
Determine a alternativa que preenche logicamente a lacuna:

a. PÉS
b. MÃO
c. COSTAS
d. BRAÇO
e. TRONCO

4.1.4. Exercício 4

Observe a sucessão a seguir composta de letras do alfabeto da língua portuguesa e escolha a alternativa que determina X corretamente:

B, D, G, L, Q, X
a. R
b. U
c. X
d. A
e. H


4.2.1. Exercício 1

A sucessão é formada de palavras cujas três primeiras letras são as mesmas dos dias da semana. Portanto, a palavra que preenche corretamente a lacuna é DOMÍNIO, cujas três primeiras letras são as mesmas de DOMINGO. Alternativa d.

4.2.2. Exercício 2

A sucessão é formada, sucessivamente, de palavras tais que na primeira há apenas uma vogal, na segunda há duas vogais juntas, na terceira três vogais juntas, na quarta quatro vogais juntas. Evidentemente, na quinta palavra, deverá haver cinco vogais juntas. Logo, X é a palavra PIAUIENSE. Alternativa e.

4.2.3. Exercício 3

Os vocábulos da sucessão dada rimam, sucessivamente, com os algarismos pares do sistema de numeração decimal.
Homero rima com zero
Depois rima com dois
Teatro rima com quatro
Deveis rima com seis
Coito rima com oito
O próximo par é dez. Das alternativas apresentadas, o vocábulo que rima com dez é pés. Alternativa a.

4.2.4. Exercício 4

Cada elemento da série é formado por uma letra. Do B para o D pula uma letra. Do D para o G, duas. Do G para o L, três. Do L para o Q quatro. Do Q em diante deve-se pular cinco letras, logo o X. Alternativa c.


Fonte: Editora Yalis